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Bibliologia (parte 2)
Bibliologia (parte 2)

2.4. A INSPIRAÇÃO PLENÁRIA É SINÔNIMO DE INFALIBILIDADE.

   A teologia modernista não aceita a doutrina sobre a inspiração plenária da bíblia. Eles concordam em aceitar que as idéias ou pensamentos da bíblia podem ser inspirados, mas que as palavras usadas no texto são um produto dos autores, os quais estavam sujeitos a erros. Outros concordam em reconhecer a bíblia como autoridade em assuntos meramente espirituais, porém, em tudo que se relaciona com ciência, biologia, geologia, história, etc., a bíblia não pode ser considerada uma autoridade. Eles dizem abertamente: "Errar é humano". Para dar uma aparência de piedade e respeito às coisas de Deus, eles dizem: " A bíblia contém a palavra de Deus". Infelizmente,essa crítica materialista contra a verdade da bíblia tem se espalhado muito, e aonde ela chega, leva consigo mortandade - como a geada com as plantas. A falsamente chamada "ciência" faz que  aqueles que a professam se desvie da fé (1Tm 6:20,21).

2.5. A INSPIRAÇÃO PLENÁRIA TEM BASE NA PRÓPRIA BÍBLIA.

    Para os crentes convictos da sua salvação, que vivem a comunhão com Deus e sentem a operação do Espírito Santo em suas vidas, aquela crítica não gera problemas. Eles simplesmente rejeitam terminantemente qualquer afirmativa contrária à bíblia. Eles o fazem com convicção. A base dessa rejeição é segura. Vejamos:

 

2.5.1. O testemunho de Jesus.
Em primeiro lugar, rejeitam toda crítica contra a Palavra de Deus, porque Jesus considerou as Escrituras como "A Palavra de Deus" (Mc 7:13). E o apoio dEle vale mas que as idéias e afirmativas de quem quer que seja.

 

2.5.2. A evidência interna.
Rejeitam a crítica modernista contra a veracidade da Bíblia, porque seria uma ofensa contra Deus, que é perfeito (Mt 5:48), afirmar que a sua Palavra contém erros e mentiras. A Bíblia afirma: "A Lei do Senhor é perfeita" (Sl 19:7). "É provada " (Sl 18:30), e "fiéis, todos os seus mandamentos" (Sl 111:7).


2.5.3. A ciência.
A palavra da "ciência" também nunca é a "última palavra". O que hoje se afirma em nome da ciência, amanhã outros o desfazem. Um grande teólogo alemão, A. Luescher constatou em uma de suas obras que, no ano de 1850, os críticos contra a Bíblia apresentaram setecentos argumentos científicos contra c veracidade da mesma. Hoje, seiscentos destes argumentos já foram deixados por descobertas mais atualizadas. Mas o que a Bíblia afirma é como uma rocha - que não muda por causa das ondas do mar que se lançam contra ela.


2.5.4. A evidência da Fé.
Não queremos trocar a nossa fé na Palavra de Deus por consideração a homens que consideram a sua sabedoria maior do que a de Deus. Queremos que a nossa fé se apoie, não na sabedoria humana, mas no poder de Deus (1 Co 2:5).


 

3. A estrutura da Bíblia.
A Bíblia é, como já observamos, um conjunto de 66 livros escritos por cerca de 45 autores sob a inspiração do Espírito Santo, dentro de um período de 1.600 anos.

 

3.1. As duas alianças.
A Bíblia se divide em duas partes distintas: O Antigo testamento, que contém 39 livros, e o novo testamento, que contém 27 livros.
A palavra "testamento" tem duas significações. Em primeiro lugar, ela significa uma aliança, um pacto, um concerto. No Antigo Testamento, achamos como tema central o pacto que Deus fez com Israel no sinai, pacto esse selado com sangue (Ex 24:3-8), achamos também a profecia de uma melhor aliança que haveria de ser feita pelo Messias, o Prometido, o Esperado (Jr 31:31-33). No Novo Testamento se fala da nova aliança pelo sangue de Jesus, pela qual podemos chegar perto de Deus (Mt 26:28).
Testamento significa também a última vontade de alguém, quanto a seus bens, entrando em vigor com a morte do testador. Tanto o Antigo Testamento quanto o Nvo Testamento falam das riquíssimas bênçãos prometidas e vinculadas à morte do Messias, cujo Testamento entrou em vigor com a morte de Jesus no Calvário (Gl 3:15-17).

 

3.2. A revelação.
A Bíblia é uma revelação completa e definitivamente concluída. Alguns têm procurado afirmar que Deus ainda tem dado outras revelações inspiradas, as quais podem se comparar com a bíblia. Entre eles existe o livro de Mórmon, ao qual os seguidores da Igreja de Jesus Cristo dos santos dos Últimos Dias (Igreja Mórmon) dão um valor "divino", e o livro das "revelações divinas" da Sra. Ellen G. White - maior expoente da Igreja Adventista do Sétimo dia - que consideram de valor divino. Vez por outra aparecem os que desejam afirmar que Deus lhes tem dado revelações para os últimos tempos, revelações estas que têm o mesmo valor que a Bíblia.
Esse problema, porém, já foi resolvido definitivamente e para sempre pela própria Palavra Revelada, quando afirma terminantemente que não se pode acrescentar coisa nenhuma ao que está escrito nela e não se pode tirar coisa nenhuma da sua mensagem. (Ap 22:18 e 19; Pv 30:6; Dt 4:2).

 

4. A Autoridade da Bíblia Sagrada.
4.1. Autoridade interna.
Um livro que é inteiramente inspirado pelo Espírito Santo e que centenas de vezes repete: "Assim diz o Senhor", impõe autoridade divina e exige respeito e reverência, devendo ser obedecido (Sl 119:4). Se for tirada a inspiração divina da Bíblia ela também perde a sua autoridade, e fica como uma arma de fogo sem munição. Mas a Bíblia é a Palavra de Deus.

 

4.2. Autoridade plena.
A Bíblia é qualificada, por aqueles que crêem nela, como a autoridade máxima. Eles não aceitam nenhuma imposição contrária à Bíblia, seja de que fonte for. Dizem como o Apóstolo Pedro: "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens" (At 5:29).

 

4.3. Autoridade reconhecida.
Jesus deu, quando aqui vivia como homem, um grande exemplo de respeito à autoridade das Escrituras, sendo classificadas por Ele como "A Palavra de Deus" (Mt 15:3-6), e tendo afirmado também, conforme a palavra profética: "Eis aqui venho; no rolo do livro está escrito de mim: Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração" (Sl 40:7 e 8). Essa profecia cumpriu-se quendo Jesus disse: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" (Jo 4:34). Sempre citava as Escrituras nas suas pregações e palestras (Mt 12:3; 21:16 e 42; Lc 10:26; Jo 10:34). Dos 1.800 versículos usados para registrar as pregações de Jesus, 180 contem citações das Escrituras.